O setor da construção civil no Brasil foi impulsionado fortemente com o lançamento de programas de habitação social populares pelo governo federal, como o MCMV (Minha Casa Minha Vida). Em 2020 o novo programa Casa Verde e Amarela chegou, com um novo plano e algumas diferenças do seu antecessor. É crucial acompanhar as mudanças nas diretrizes entre os dois programas de habitação. Assim, a indústria garante sucesso no lançamento das edificações para os programas de interesse social.
O que é o programa Casa Verde e Amarela?
O Casa Verde e Amarela é o novo programa de habitação de interesse social do Brasil. Ele é o substituto oficial do antigo Minha Casa Minha Vida, que durou uma década.
O projeto governamental organiza iniciativas para aumentar os estoques de moradias e atender a necessidade habitacional da população, em especial a de baixa renda. A expectativa é que o Casa Verde e Amarela também consiga ajudar milhões de brasileiros a realizar o sonho da casa própria.
O Casa Verde e Amarela se baseia no subsídio do governo para entregar habitações com qualidade, financiamentos acessíveis e com taxas de juros baixas. Por isso, se espera que, assim como foi com o MCMV, o novo programa de habitação social gere bons resultados para o setor da construção civil.
Qual o objetivo do programa?
Os programas de habitação de interesse social oferecem um caminho para a realização do sonho da casa própria de brasileiros com baixa renda. Fora isso, eles também fornecem emprego para diversos trabalhadores no setor da construção civil, fomentando a economia.
A habitação social é também um meio de inserir famílias de baixa renda no meio urbano. Dessa forma, essas pessoas podem ter acesso a serviços básicos, como:
- água;
- luz;
- esgoto;
- transporte público.
Além disso, com o programa, o governo também busca estimular a modernização do setor da construção e a inovação tecnológica.
Principais diferenças entre o MCMV e o Casa Verde e Amarela
Para muitas pessoas, os programas podem parecer os mesmos, apenas com nomes e slogans diferentes, mas há algumas diferenças importantes. Não só alguns objetivos foram adicionados, como regras e o sistema para o financiamento dos imóveis.
Foco em localização e proximidade de centros urbanos
O Minha Casa Minha Vida se preocupava em construir e entregar moradias para pessoas de baixa renda, sem muito rigor quanto ao entorno.
Já o Casa Verde e Amarela promete resolver o problema da localização. Para isso, as habitações serão construídas em locais próximos de centros urbanos, com estrutura básica e adensamento de áreas.
Outro objetivo que fica claro no programa Casa Verde e Amarela é a tentativa de regulamentar as construções já feitas que ficaram com irregularidades, como falta de escritura pública. Isso é importante já que, segundo o governo, 10 e 12 milhões de casas construídas no período do MCMV não possuem escritura.
Em relação a faixa de renda dos beneficiários, no MCMV havia 4 grupos. Agora, com o Casa Verde e Amarela, são só 3. São eles:
- grupo 1: renda de até R$ 2 mil e subsídio de até R$ 47.500,00;
- grupo 2: renda de R$ 2.001,00 mil a R$ 4 mil, com subsídio de até R$ 29 mil;
- grupo 3: renda de R$ 4.001,00 mil a R$ 7 mil, sem subsídio.
Na prática, foram excluídas do programa as pessoas que ganham mais de R$ 7 mil, já que no MCMV a 4ª faixa ia até o salário bruto de R$ 9 mil.
Vale ressaltar que os subsídios vão depender da região do país onde se localiza o empreendimento. Além disso, haverá uma avaliação de crédito para determinar o valor final subsidiado.
Como fica a taxa de juros com o novo programa?
Sobre os juros, o novo programa promete oferecer taxas menores para a região Norte e Nordeste. Isso não acontecia no MCMV, onde os juros eram os mesmos independente da localidade.
Veja a tabela abaixo!
grupo 1: |
a partir de 4,75% ao ano |
grupo 2: |
a partir de 5,25% ao ano |
grupo 3: |
a partir de 7,66% ao ano |
Outra novidade é que se o trabalhador tiver conta vinculada ao FGTS há mais de três anos, há o desconto de 0,5% nas taxas. Assim, no grupo 1, por exemplo, imóveis no Norte e Nordeste terão taxas de 4,25% ao ano.
O governo federal também pretende oferecer mais modalidades de atendimento para o grupo 1. Fora a produção subsidiada, este grupo também pode ter regularização fundiária, melhoria habitacional e produção financiada. No MCMV, não importando o grupo, era oferecido apenas a produção habitacional.
Novas modalidades de atendimento
Como vimos, diferentemente do MCMV, o programa Casa Verde e Amarela vai oferecer mais que apenas o subsídio de habitações para o grupo 1.
Ele será vantajoso não apenas para as famílias de renda mais baixa, como também para o setor da construção civil. Isso porque, além de novas construções, também será possível reformar imóveis já existentes.
O programa pretende fazer a regularização fundiária de moradias irregulares, dando o título que garante o direito real dos lotes das famílias. Isso traz:
- Segurança jurídica;
- Diminuição nos embates fundiários;
- Aumento do acesso ao crédito;
- Incentivo a formalização de empresas;
- Aumento do patrimônio imobiliário no Brasil.
Com isso, as famílias podem também requerer a melhoria da habitabilidade de suas residências, agora regularizadas. Nessa etapa, será possível reformar e ampliar os imóveis.
Isso garante melhor conforto e segurança para famílias com renda mensal de até 5 mil e que sejam moradoras dos núcleos urbanos selecionados pela regularização fundiária.
Dessa forma, as casas poderão solicitar a construção de banheiro, telhado adequado ou até quarto extra. Será possível, ainda, fazer ou consertar instalações hidráulicas e elétricas, dentro das normas e leis, além da colocação de pisos e acabamentos no geral.
Quais as mudanças no programa Casa Verde e Amarela?
Em setembro de 2021, pouco mais de um ano após o lançamento do programa, o Governo Federal anunciou algumas mudanças. A primeira é a adição de uma nova modalidade de financiamento chamada “Parcerias”.
Nesta modalidade, estados e municípios vão garantir contrapartida de pelo menos 20% no valor da edificação, incluindo o terreno.
A segunda mudança foi o aumento no teto do valor dos imóveis. O aumento leva em conta a região e o tamanho da população do município onde fica a habitação.
Para aquelas com 50 a 100 mil habitantes, o aumento é de 15%. Já para os municípios com habitantes entre 20 e 50 mil, capitais e regiões metropolitanas, serão 10% de aumento.
Outra mudança foi a unificação das taxas de juros para o grupo 1, que antes variavam dependendo do imóvel. Além disso, houve uma redução temporária, até o fim de 2022, na taxa de juros para o grupo 3. Agora, esse grupo pagará, independente da região, 7,66% ao ano, 0,5% a menos que os 8,16% anunciados anteriormente.
Expectativas para o setor da construção civil
Assim como foi com o Minha Casa Minha Vida, espera-se que o programa Casa Verde e Amarela gere moradia para várias famílias brasileiras. Além de criar, também, oportunidade de trabalho para profissionais e empresas da construção civil, que trabalharão tanto na construção quanto na reforma dos imóveis.
A meta do governo federal é atender milhões de famílias de baixa renda até 2024, criando edificações populares acessíveis. Para isso, o governo anunciou um aumento gradativo dos recursos para o programa, sendo de 10% para 2022, 12% para 2023 e 15% para 2024.
Sendo assim, as empresas, principalmente construtoras, devem ficar atentas aos novos procedimentos e requisitos para participar do novo programa. Uma dica valiosa é investir na gestão de obras.
A previsão é que durante todo o ano de 2022 a indústria da construção siga firme, com uma enorme quantidade de empreendimentos sendo lançados. Com isso, a esperança é de que a construção civil consiga uma recuperação ainda melhor, impulsionada pela realização dessas obras de habitação social.
Como vimos, a premissa do Casa Verde e Amarela é similar à do MCMV. Ainda assim há mudanças importantes que devem ser estudadas e levadas em consideração.
O que ainda falta é saber como os objetivos do novo programa serão colocados em prática. Por isso, é necessário ficar atento às novidades sobre o assunto para que sua empresa possa participar das obras.
Se ficou alguma dúvida ou sugestão, não deixe de comentar aqui embaixo e continue acompanhando os posts no blog!
Link permanente
GOSTARIA DE SABER SE UM CONSTRUTOR PESSOA FÍSICA (INVESTIDOR) PODE CONSTRUIR PARA FINANCIAR PELO CASA VERDE AMARELA?
EU, PESSOA FÍSICA, CONTRATO PROFISSIONAIS DA CONSTRUÇÃO, TAMBÉM PESSOAS FÍSICAS, PARA A EXECUÇÃO DA OBRA.
Link permanente
Olá Giselli, pedimos desculpas pela demora em retornar. O nosso site passou por uma atualização e alguns comentários ficaram indisponíveis.
Para mais informações sobre o cadastro para o Casa Verde e Amarela, orientamos entrar em contato com a Caixa ou acessar: https://www.caixa.gov.br/voce/habitacao/casa-verde-e-amarela/urbana/Paginas/default.aspx
Abraço.
Link permanente
Gostaria de saber como faço pra minha empresa participar das obras
Link permanente
Olá Simão, pedimos desculpas pela demora em retornar. O nosso site passou por uma atualização e alguns comentários ficaram indisponíveis.
Para informações sobre se cadastrar no programa, acesse: https://www.caixa.gov.br/voce/habitacao/casa-verde-e-amarela/urbana/Paginas/default.aspx
Abraço.